Então minha cara leitora: veio aqui procurar badalhoquice?!
Regressar ao Viagra e Prozac!
"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes) - Beja - Obscenidades - Misérias da vida privada
Tuesday, November 10, 2009
Friday, October 02, 2009
Apontamentos eleitorais,por AMRevez
Por este andar, chegaremos ao cúmulo em que metade da população votante deste país se demite do seu único poder, aproximadamente democrático: a ratificação eleitoral do pessoal político escolhido pelas burocracias e lideranças partidárias para governar o país e servir as clientelas partidárias que o tornaram elegível. Metade dos eleitores sem representação política simbólica, pois a representação política não passa disso mesmo, de um floreado doutrinário-constitucional.
A inversão deste cenário de genocídio democrático não será possível sem uma reestruturação coactiva dos partidos políticos, tendo em vista a sua democracia interna, e sem uma pedagogia democrática activa com retaguarda institucional, isto é, inserida no sistema educativo desde o básico.
Mas regressemos à coboiada dos vencedores e derrotados, só para um apontamento. Um dos vencedores indiscutíveis desde embate eleitoral, quase sempre pelas piores razões, foi sem dúvida Paulo Portas, o político mais hábil da actualidade. Paulo Portas tem na ponta da língua a cartilha do mais despudorado populismo, adornado com muitos truques demagógicos e reforçado com uma inteligência táctica e uma sedução discursiva e impressiva, que são desarmantes e eficazmente convincentes junto de dois tipos bem demarcados de eleitorado: os conservadores burgueses, e os populares desprotegidos e revoltados pela incúria e injustiças do “sistema”. Curiosamente, mais do que a esquerda sindical e combativa do PCP, ou a “nova esquerda” fracturante e pós-materialista do BE, foi o CDS-PP de Paulo Portas que melhor soube capitalizar o descontentamento com muitas das políticas neo-liberais e sociais do eng. Sócrates. As primeiras porque favoreceram os mais poderosos de forma escandalosa e obscena. As segundas porque não foram acompanhadas de fiscalização rigorosa, transigindo-se com a fraude.
No distrito de Beja, assinale-se o maior crescimento eleitoral, o do BE, o que poderá baralhar ainda mais as contas para as próximas autárquicas, mas que evidencia uma penetração do Bloco num território onde as clivagens ideológicas clássicas ainda definem a dinâmica eleitoral.
E porque estamos na véspera das autárquicas, mas já com a campanha eleitoral para as mesmas em plena ebulição, só três breves apontamentos sobre a animada campanha eleitoral para o Município bejense.
Comecemos pela candidata Dulce Amaral e a sua lista independente. O “independentismo” é muito nobre e estimável se movido e justificado por razões de alternativa política e programática às propostas fecundadas no seio partidário. Ora o que a senhora Dulce tem vindo a exibir nas suas deliciosas aparições em entrevistas e debates é apenas uma motivação de foro psicanalítico. Pelos vistos, a candidata ficou muito chocada, enquanto militante e autarca eleita pelo Partido Socialista, por ter de obedecer à disciplina ou condicionamento partidário, e vai daí traumatizou e recalcou a coisa. E não é para menos, é certo, pois deve ser uma pessoa muito sensível. Mas para dar conta do seu choque traumático, bastaria um ou dois artigos de opinião num jornal a desancar os malvados dos seus camaradas de emblema; não era necessário toda a trabalheira de formar uma lista. Ao mesmo tempo que nos livrava a todos de ouvi-la a destilar vacuidades, próprias de quem só entrou no jogo para dar cacetada ao seu ex-partido e amansos descarados à CDU, vá-se lá saber porquê…
Depois o candidato do CDS-PP. É um paraquedista com pinta. Não faz a mínima ideia do que seja o Alentejo “real” para lá da boa comida e do bom vinho, mas traz escorreita verve no discurso, agilidade de tribuno, e, mais importante que tudo, já se comprometeu a viver aqui e dar o melhor de si. Creio mesmo que foi o maior feito do mandato de Francisco Santos, ter feito tanta asneira que obrigou à fixação por cá de um dirigente do CDS-PP. E se ele trouxer a família toda, a economia local agradece.
E em que bela forma está Francisco Santos! Irrepreensível na sobranceria e arrogância com que brinda os seus adversários políticos. Este senhor é a antítese do político cordato, dialogante e produtor de consensos. Sempre de semblante carregado e contrariado, podia ao menos compensar a falta de polidez nos modos e a incapacidade de debater com alguma imaginação programática, já que carrega o peso de falhanços e incumprimentos eleitorais. Mas nem isso. Uma miséria.
Daqui a uns dias, importa levar para Câmara de Beja um projecto autárquico sólido e aglutinador de muitas filiações cívicas e políticas, e urge também dar voz na Assembleia Municipal a uma força de esquerda interveniente e protestativa.
A inversão deste cenário de genocídio democrático não será possível sem uma reestruturação coactiva dos partidos políticos, tendo em vista a sua democracia interna, e sem uma pedagogia democrática activa com retaguarda institucional, isto é, inserida no sistema educativo desde o básico.
Mas regressemos à coboiada dos vencedores e derrotados, só para um apontamento. Um dos vencedores indiscutíveis desde embate eleitoral, quase sempre pelas piores razões, foi sem dúvida Paulo Portas, o político mais hábil da actualidade. Paulo Portas tem na ponta da língua a cartilha do mais despudorado populismo, adornado com muitos truques demagógicos e reforçado com uma inteligência táctica e uma sedução discursiva e impressiva, que são desarmantes e eficazmente convincentes junto de dois tipos bem demarcados de eleitorado: os conservadores burgueses, e os populares desprotegidos e revoltados pela incúria e injustiças do “sistema”. Curiosamente, mais do que a esquerda sindical e combativa do PCP, ou a “nova esquerda” fracturante e pós-materialista do BE, foi o CDS-PP de Paulo Portas que melhor soube capitalizar o descontentamento com muitas das políticas neo-liberais e sociais do eng. Sócrates. As primeiras porque favoreceram os mais poderosos de forma escandalosa e obscena. As segundas porque não foram acompanhadas de fiscalização rigorosa, transigindo-se com a fraude.
No distrito de Beja, assinale-se o maior crescimento eleitoral, o do BE, o que poderá baralhar ainda mais as contas para as próximas autárquicas, mas que evidencia uma penetração do Bloco num território onde as clivagens ideológicas clássicas ainda definem a dinâmica eleitoral.
E porque estamos na véspera das autárquicas, mas já com a campanha eleitoral para as mesmas em plena ebulição, só três breves apontamentos sobre a animada campanha eleitoral para o Município bejense.
Comecemos pela candidata Dulce Amaral e a sua lista independente. O “independentismo” é muito nobre e estimável se movido e justificado por razões de alternativa política e programática às propostas fecundadas no seio partidário. Ora o que a senhora Dulce tem vindo a exibir nas suas deliciosas aparições em entrevistas e debates é apenas uma motivação de foro psicanalítico. Pelos vistos, a candidata ficou muito chocada, enquanto militante e autarca eleita pelo Partido Socialista, por ter de obedecer à disciplina ou condicionamento partidário, e vai daí traumatizou e recalcou a coisa. E não é para menos, é certo, pois deve ser uma pessoa muito sensível. Mas para dar conta do seu choque traumático, bastaria um ou dois artigos de opinião num jornal a desancar os malvados dos seus camaradas de emblema; não era necessário toda a trabalheira de formar uma lista. Ao mesmo tempo que nos livrava a todos de ouvi-la a destilar vacuidades, próprias de quem só entrou no jogo para dar cacetada ao seu ex-partido e amansos descarados à CDU, vá-se lá saber porquê…
Depois o candidato do CDS-PP. É um paraquedista com pinta. Não faz a mínima ideia do que seja o Alentejo “real” para lá da boa comida e do bom vinho, mas traz escorreita verve no discurso, agilidade de tribuno, e, mais importante que tudo, já se comprometeu a viver aqui e dar o melhor de si. Creio mesmo que foi o maior feito do mandato de Francisco Santos, ter feito tanta asneira que obrigou à fixação por cá de um dirigente do CDS-PP. E se ele trouxer a família toda, a economia local agradece.
E em que bela forma está Francisco Santos! Irrepreensível na sobranceria e arrogância com que brinda os seus adversários políticos. Este senhor é a antítese do político cordato, dialogante e produtor de consensos. Sempre de semblante carregado e contrariado, podia ao menos compensar a falta de polidez nos modos e a incapacidade de debater com alguma imaginação programática, já que carrega o peso de falhanços e incumprimentos eleitorais. Mas nem isso. Uma miséria.
Daqui a uns dias, importa levar para Câmara de Beja um projecto autárquico sólido e aglutinador de muitas filiações cívicas e políticas, e urge também dar voz na Assembleia Municipal a uma força de esquerda interveniente e protestativa.
Friday, June 26, 2009
MANDATO FALHADO
Este último mandado da CDU à frente dos destinos da Câmara Municipal de Beja vai ficar na história como um rotundo falhanço. Quatro anos de uma mão cheia de nada, de um vazio absoluto e confrangedor. Quatro anos a remendar buracos e buraquinhos nas ruas, nas estradas e nas escolas, a arrumar as contas caseiras, e a parir embustes milagreiros e alucinados, entre cidades do cinema, universidades do sul ou do Alentejo, fábricas dos chineses e etc. Para quem está recordado, e para quem não está, recordemo-lo, a candidatura da CDU enganou muita gente com o achado programático de tornar Beja uma cidade da ciência, da tecnologia e da inovação, enfim, uma cidade do saber e do conhecimento. Relendo o programa eleitoral da CDU, encontramos visionários projectos e suculentas promessas como Montes Pedagógicos, Observatórios em espaço rural, cyber “Aldeias” ou “Aldeias” do conhecimento, Parque dos Inventores, Laboratórios de Ciência Viva, observatórios astronómicos, pólos multimédia, postos de acesso à internet, Ludoteca no Jardim Público, e por aí a fora.
Ora, nada disto foi feito! A principal aposta da CDU, a sua única, apesar de precária e pouco sustentada, estratégia para a cidade e concelho ficou na letra do programa eleitoral. E algumas daquelas ideias nem requeriam volumosas verbas, apenas suponham competência política e técnica, atributos que não podemos reivindicar à equipa de governantes locais da CDU. Do urbanismo e requalificação urbana à cultura, da educação à juventude, da modernização tecnológica ao desenvolvimento económico, o que se assistiu nestes quatro anos foi a uma incompetência danosa dos eleitos da CDU. Danosa porque frustrou legítimas expectativas de muitos munícipes, porque hipotecou o futuro da nossa cidade, porque administrou mal as prioridades e gastou ainda pior os dinheiros públicos, porque recrutou técnicos e “homens de confiança política” desastrosamente incompetentes, porque não soube coordenar politicamente os bons técnicos de que a CMB dispõe, porque cedeu a tentações eleitoralistas e despesistas em final de mandato.
À excepção da área dos serviços municipais, da solidariedade social, e de alguns investimentos e obras nas freguesias rurais, o executivo da CMB abandonou-se a um letárgico desnorte, sem engenho político para dinamizar o campo de intervenção dos pelouros com projectos inovadores e necessários ou com a execução e desenvolvimento dos que definiu eleitoralmente, pelo menos os mais relevantes, como a construção de uma nova piscina descoberta, ou a recuperação total do Estádio Dr. Flávio dos Santos, a criação de um novo Pavilhão Polidesportivo ou do eixo de ligação de Beja ao rio Guadiana.
E em sectores como a cultura e juventude, a actuação do executivo foi calamitosa. A Carta Cultural do Concelho, a grande estratégia do Município para a cultura, e instrumento de coordenação de toda a actividade cultural do concelho através da criação do Conselho Municipal de Cultura, foram fantasmas de gestação “kafkiana”, talhados a picareta já no final do mandato e de total inutilidade. O Pax Julia continuou entregue a um director que é mero programador burocrático ou, com mais propriedade, um calendarizador de eventos e espectáculos. A Casa da Cultura definha, sem um plano de revitalização. Os museus e outros equipamentos culturais não ganham visibilidade (como a Galeria dos Escudeiros) e outros (como a Biblioteca Municipal) perderam constância ou regularidade nas actividades que promoviam. A juventude foi ostensivamente esquecida por este executivo durante quatro longos anos. O Além Rock e a Beja Alternativa foram extintos e compensados com a promessa de um grande festival da juventude, que veio nas vésperas das eleições, claro, e só foi grande no esbanjamento de recursos e na comicidade, pois resultou numa cópia medíocre e provinciana do modelo comercial dos principais festivais de Verão.
Agora que chegamos ao fim deste triste e frustrante mandato, seria um acto de elementar dignidade política e moral, exigível a uma equipa que incumpriu tantas promessas eleitorais, dar a cara publicamente, convocar os cidadãos e a comunicação social, e justificar pormenorizadamente tantos falhanços e desistências. Prestar contas aos eleitores seria uma despedida com alguma elegância e decência.
Porque em Outubro já não nos vão fazer perder mais quatro anos. Já chega. Estamos fartos. Beja merece melhor.
Regressar ao Viagra e Prozac
Ora, nada disto foi feito! A principal aposta da CDU, a sua única, apesar de precária e pouco sustentada, estratégia para a cidade e concelho ficou na letra do programa eleitoral. E algumas daquelas ideias nem requeriam volumosas verbas, apenas suponham competência política e técnica, atributos que não podemos reivindicar à equipa de governantes locais da CDU. Do urbanismo e requalificação urbana à cultura, da educação à juventude, da modernização tecnológica ao desenvolvimento económico, o que se assistiu nestes quatro anos foi a uma incompetência danosa dos eleitos da CDU. Danosa porque frustrou legítimas expectativas de muitos munícipes, porque hipotecou o futuro da nossa cidade, porque administrou mal as prioridades e gastou ainda pior os dinheiros públicos, porque recrutou técnicos e “homens de confiança política” desastrosamente incompetentes, porque não soube coordenar politicamente os bons técnicos de que a CMB dispõe, porque cedeu a tentações eleitoralistas e despesistas em final de mandato.
À excepção da área dos serviços municipais, da solidariedade social, e de alguns investimentos e obras nas freguesias rurais, o executivo da CMB abandonou-se a um letárgico desnorte, sem engenho político para dinamizar o campo de intervenção dos pelouros com projectos inovadores e necessários ou com a execução e desenvolvimento dos que definiu eleitoralmente, pelo menos os mais relevantes, como a construção de uma nova piscina descoberta, ou a recuperação total do Estádio Dr. Flávio dos Santos, a criação de um novo Pavilhão Polidesportivo ou do eixo de ligação de Beja ao rio Guadiana.
E em sectores como a cultura e juventude, a actuação do executivo foi calamitosa. A Carta Cultural do Concelho, a grande estratégia do Município para a cultura, e instrumento de coordenação de toda a actividade cultural do concelho através da criação do Conselho Municipal de Cultura, foram fantasmas de gestação “kafkiana”, talhados a picareta já no final do mandato e de total inutilidade. O Pax Julia continuou entregue a um director que é mero programador burocrático ou, com mais propriedade, um calendarizador de eventos e espectáculos. A Casa da Cultura definha, sem um plano de revitalização. Os museus e outros equipamentos culturais não ganham visibilidade (como a Galeria dos Escudeiros) e outros (como a Biblioteca Municipal) perderam constância ou regularidade nas actividades que promoviam. A juventude foi ostensivamente esquecida por este executivo durante quatro longos anos. O Além Rock e a Beja Alternativa foram extintos e compensados com a promessa de um grande festival da juventude, que veio nas vésperas das eleições, claro, e só foi grande no esbanjamento de recursos e na comicidade, pois resultou numa cópia medíocre e provinciana do modelo comercial dos principais festivais de Verão.
Agora que chegamos ao fim deste triste e frustrante mandato, seria um acto de elementar dignidade política e moral, exigível a uma equipa que incumpriu tantas promessas eleitorais, dar a cara publicamente, convocar os cidadãos e a comunicação social, e justificar pormenorizadamente tantos falhanços e desistências. Prestar contas aos eleitores seria uma despedida com alguma elegância e decência.
Porque em Outubro já não nos vão fazer perder mais quatro anos. Já chega. Estamos fartos. Beja merece melhor.
Regressar ao Viagra e Prozac
Saturday, March 07, 2009
Friday, February 27, 2009
Wednesday, February 25, 2009
Teste de Amor!
Para saber quem o ama realmente, faça o seguinte teste:
1 - Tranque o seu cão e o seu marido na mala do carro.
2 - Espere exactamente uma hora (mesmo uma hora, por que se não esperar vai deturpar os valores do teste).
3 - Abra a mala do carro.
4 – Repare em quem é que está contente por o voltar a ver...
Saturday, January 10, 2009
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